sexta-feira, março 31, 2006
quarta-feira, março 29, 2006
beija eu...

Seja eu,
Deixa que eu seja eu.
E aceita
O que seja seu.
Então deita e aceita eu.
Molha eu,
Seca eu,
Deixa que eu seja o céu.
E receba
O que seja seu
Anoiteça e amanheça eu.
Beija eu,
Beija eu,
Beija eu, me beija.
Deixa
O que seja ser.
Então beba e receba
Meu corpo no seu corpo,
Eu no meu corpo.
Deixa,
Eu me deixo.
Anoiteça e amanheça
letra e música de Marisa Monte, Arnaldo Antunes, Arto Lindsay
terça-feira, março 28, 2006
segunda-feira, março 27, 2006
Beijo...
domingo, março 26, 2006
Bichos da gente...

Daqueles que partilham nosso espaço. Às vezes partilham tanto que deixamos de ter espaço ;P...
Cá em casa existem 3 residentes:
Um casal de piriquitos a Caril e o Bolinha. O Bolinha só chegou no Verão passado. E eu estou meio confusa com a Caril... Enquanto esteve só a Caril punha ovo quase todo o mês - mesmo sem ninho -, agora que tem o Bolinha nunca mais pôs ovo... Alguém me quer explicar esse fenómeno??
O outro residente é o Lucas que já conhecem... E esse ocupa todo o espaço que lhe é permitido.
No outro dia acordei e dei comigo com uma bola de pelo ao lado. Com direito a cabeça na minha almofada e tudo...
Isso para não falar do meio kilo de bifes grelhados que ele jantou - escondido - um outro dia...
Esse cachorro está a ficar muito mal educado...
Por tudo isto, hoje é dia do bicho aqui no blog. Podem relatar as vossas aventuras ou fazer uma simples homenagem ao reino da bicharada. Doméstico ou selvagem... São todos bichos para a gente cuidar...
sábado, março 25, 2006

E o meu cavalo só falava inglês
A noiva do cowboy
Era você
Além das outras três
Eu enfrentava os batalhões
Os alemães e seus canhões
Guardava o meu bodoque
E ensaiava um rock
Para as matinês
Agora eu era o rei
Era o bedel e era também juiz
E pela minha lei
A gente era obrigado a ser feliz
E você era a princesa
Que eu fiz coroar
E era tão linda de se admirar
Que andava nua pelo meu país
Não, não fuja não
Finja que agora eu era o seu brinquedo
Eu era o seu pião
O seu bicho preferido
Vem, me dê a mão
A gente agora já não tinha medo
No tempo da maldade
Acho que a gente nem tinha nascido
Agora era fatal
Que o faz-de-conta terminasse assim
Pra lá desse quintal
Era uma noite que não tem mais fim
Pois você sumiu no meu mundo
Sem me avisar
E agora eu era um louco a perguntar
O que é que a vida vai fazer de mim
Música composta por Sivuca em 1947, recebendo depois a letra escrita por Chico Buarque de Holanda nos anos 70.
histórias aos quadradinhos...

A utilização do azulejo pode-se observar já na antiguidade, no período do Antigo Egipto e na região da Mesopotâmia, alastrando-se por um amplo território com a expansão islâmica pelo norte de África e Europa (zona do Mediterrâneo), penetrando na Península Ibérica no século XIV por mãos mouras que levam consigo a origem do termo actual. O oriente islâmico impulsiona qualitativamente a produção de revestimentos parietais pelo contacto com a porcelana chinesa que, pela rota da seda, surge em vários centros artísticos do próximo oriente. Durante a permanência islâmica na Península Ibérica a produção do azulejo cria bases próprias em Espanha através de artesãos muçulmanos e desenvolve-se a técnica mudéjar entre o século XII e meados do século XVI em oficinas de Málaga, Valência (Manises, Paterna) e Talavera de la Reina, sendo o maior centro o de Sevilha (Triana). Na viragem do século XV para o século XVI o azulejo atinge Portugal, um país já com uma longa experiência em produção de cerâmica. Inicialmente importado de Espanha o azulejo é, mais tarde, empregue como resultado de manufactura própria, não só no território nacional, mas também em parte do antigo império de onde absorve simultaneamente uma grande influência (Brasil, África, Índia).
Com as suas respectivas variantes estéticas o azulejo vai ser utilizado em outros países europeus como os Países Baixos, a Itália e mesmo a Inglaterra, mas em nenhum outro acaba por assumir a posição de destaque no universo artístico nacional, a abrangência de aplicação e a quantidade de produção atingidas em Portugal.
Texto retirado da wikipédia , ver também Estações do Metro de Lisboa ; Museu do Azulejo ; loja cuja a decoração é feita de azulejos pintados à mão
sexta-feira, março 24, 2006
Aves raras...

e descobri que existem 2197 aves em perigo, 29 das quais são portuguesas.
Também conhecida, em Portugal e no Brasil, por 125_azul...
...É!! De vez em quando as pessoas, quando especiais, se tornam em aves raras
e temos de cuidar bem delas...
quarta-feira, março 22, 2006
LA PITAHAYA

A pitahaya, é uma fruta exótica, silvestre e de um intenso colorido que a converte numa obra de arte da natureza. Pode-se utilizar para preparar gelatina, gelados, iogurte, doces, marmelada, geleias ou refrescos, assim como se pode desfrutar comendo-a. Esta cresce perto de muros e de árvores que lhe sirvam para apoiar. Além da admirável beleza e riqueza, esta fruta têm poderes curativos, em especial para curar as gastrites.
Achei a fruta cheia de design e fiquei muito curiosa em saber ao que sabe...
Isso fez-me lembrar que por vezes vejo alimentos de África ou Brasil e fico com curiosidade a saber ao que sabem.
Por exemplo: ao que sabe a água de côco?
Quando era míuda manga, kiwi, papaia, côco, abacate, maracujá, etc... Eram consideradas frutas exóticas porque não se vendiam como hoje. Agora são fáceis de encontrar em qualquer supermercado.

Depois lembrei-me de um programa de televisão feito em São Tomé e Príncipe e que se chama "Na roça com os tachos".
Programa de gastronomia é realizado em São Tomé e Príncipe.Trata-se de aproveitar os recursos naturais da "roça" são tomense para preparar três receitas em cada programa: entrada, prato principal e sobremesa.
Todos os pratos são confeccionados ao ar livre, ou seja, o apresentador, João Carlos Silva, um comunicador nato, leva "literalmente" os tachos às costas pelas roças e belas paisagens de São Tomé. O fogão a lenha dele é do outro mundo...
É o meu programa de culinária preferido pois é pura poesia. Mas mesmo assim muito do que lá se cozinha eu nunca irei provar porque alguns daqueles produtos não existem no nosso mercado.
terça-feira, março 21, 2006
Orar...
Poesia, entre outras coisas, funciona como uma oração...
Por isso este espaço hoje não é meu...
orar: proferir um discurso; falar em público; pregar...
oração: ... meditação que inclui prece e contemplação...
segunda-feira, março 20, 2006
coisas raras...

E como a Primavera só ocorre uma vez por ano é algo de raro...
E assim, deixando fluir o pensamento, cheguei à conclusão que neste blog também existe espaço para partilhar as coisas raras cá da terra...
Vou começar pelo meu animal preferido: o cavalo. Mas é um cavalo particular...
É o cavalo do sorraia que está em extinção e que teve um papel muito importante na história de Portugal e se calhar até na história da humanidade...
Clique aqui para ficar a conhecer o Cavalo do Sorraia
metade...
Que a força do medo que tenho
não me impeça de ver o que anseio
que a morte de tudo em que acredito
não me tape os ouvidos e a boca
pois metade de mim é o que eu grito
a outra metade é silêncio
Que a música que ouço ao longe
seja linda ainda que tristeza
que a mulher que amo seja pra sempre amada
mesmo que distante
pois metade de mim é partida
a outra metade é saudade
Que as palavras que falo
não sejam ouvidas como prece nem repetidas com fervor
apenas respeitadas como a única coisa
que resta a um homem inundado de sentimentos
pois metade de mim é o que ouço
a outra metade é o que calo
Que a minha vontade de ir embora
se transforme na calma e paz que mereço
que a tensão que me corrói por dentro
seja um dia recompensada
porque metade de mim é o que penso
a outra metade um vulcão
Que o medo da solidão se afaste
e o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável
que o espelho reflita meu rosto num doce sorriso
que me lembro ter dado na infância
pois metade de mim é a lembrança do que fui
a outra metade não sei.
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
pra me fazer aquietar o espírito
e que o seu silêncio me fale cada vez mais
pois metade de mim é abrigo
a outra metade é cansaço
Que a arte me aponte uma resposta
mesmo que ela mesma não saiba
e que ninguém a tente complicar
pois é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
pois metade de mim é platéia
a outra metade é canção
Que a minha loucura seja perdoada
pois metade de mim é amor
e a outra metade também
começou a primavera...
Oswaldo Montenegro
domingo, março 19, 2006
Isto tá tudo muito sério...
Meu blog tá muito zen...
Apetece desbundar...
Meninas!!
A conversa vai baixar de nível...
Mas aumentar de interesse...
... a perda...

Uma delas foi o estado de espírito necessário para desenhar e pintar.
Não que o faça bem, mas gosto muito...
Quase todos os desenhos e pinturas que tenho guardadas são de há 10 anos ou mais...
Sobre o desenho exposto, ele foi feito em 1993 e representa uma Centauro.
Lembrei-me deste desenho por causa de um quadro que existe no Museu Calouste de Gulbenkian
e do qual não achei imagem nenhuma na net.
Para saberem mais sobre os centauros podem clicar aqui
sábado, março 18, 2006
Fernão Capelo Gaivota

A maior parte de nós percorremos um longo caminho.
Fomos de um mundo para o outro que era quase igual ao primeiro,
sem nos preocuparmos com o destino,
Fazes alguma ideia de quantas vidas teremos de viver antes de compreendermos
Mil vidas, Fernão, dez mil vidas!
E, depois, mais cem vidas até começarmos a aprender que a perfeição existe,
e outras cem para constatar que o nosso objectivo na vida
As mesmas regras se aplicam, agora a nós:
escolhemos o nosso mundo através do que aprendemos neste.
Se não aprendermos nada,
então o próximo mundo será igual a este,
Com as mesmas limitações e obstáculos a vencer."
o teu nível de consciência, que, a propósito,
Podes permancer aqui e aprender neste nível,
Fotografia de Paulo Remigio - site Olhares
sexta-feira, março 17, 2006
100 você...

Se tudo pode acontecer
Se pode acontecer
Qualquer coisa
Um deserto florescer
Uma nuvem cheia não chover
Pode alguém aparecer
E acontecer de ser você
Um cometa vir ao chão
Um relâmpago na escuridão
E a gente caminhando
De mão dada de qualquer maneira
Eu quero que esse momento
Dure a vida inteira
E além da vida
Ainda de manhã
No outro dia
Se for eu e você
Se assim acontecer
Se Tudo Pode Acontecer
Arnado Antunes / Paulo Tatit / Alice Ruiz / João Bandeira
Cantado por Adriana Calcanhotto em "Cantada"
quinta-feira, março 16, 2006
quarta-feira, março 15, 2006
FRIDA KAHLO: "Acreditavam que eu era surrealista, mas não o era. Nunca pintei meus sonhos. Pintei minha própria realidade".

Hoje de manhã olhei para a minha agenda e vi que tinha o dia livre... Resolvi ir ver a exposição da Frida Kahlo no CCB .
Quando vou ver uma exposição não me limito a olhar para os quadros e bajular o seu autor... Isso é trabalho para os promotores da exposição e a imprensa...
O que é que eu vi?
Vi uma mulher que sabia pintar muito bem e num modo muito característico.
Vi uma mulher que sofria de várias dores físicas e emocionais...
Vi uma mulher deslumbrada e encurralada na sua vida.
Vi uma mulher mexicana, com todo peso social, político e cultural que esta observação transporta.
E vi quadros que só conhecia de livros e outros que nem de livros conhecia.
E perdi-me a seguir os traços a carvão ou as pinceladas de cor que Frida fez, com a sua mão, na primeira metade do Séc. XX.
Houve 3 trabalhos que chamaram-me mais a atenção:
a) A mão esquerda da Frida Kahlo
b) Retrato de Doña Rosina Morillo
c) Flor de vida
Vi as cores fortes que são características da cultura Méxicana e que decoram as paredes da exposição criando e dividindo os vários períodos da vida da Frida Kahlo.
Fiquei curiosa sobre arte de tecelagem e cultura fúnebre do México...
E vi também muitas visitas de estudos... Com guia a explicar a vida e obra da Frida...
A mão esquerda de Frida Kahlo é apresentada na 1ª parte da exposição. E eu sempre acreditei que pela mão podemos descobrir muito sobre as pessoas. A profissão por exemplo...
No caso de Frida Kahlo vi uma mão forte sem ser rústica e isso despertou-me para ver

Por último o cartaz da exposição... Creio que Frida não iria gostar de ser anunciada por aquele cartaz mas marketing “oblige”...
terça-feira, março 14, 2006
seguindo um conselho...
Hoje estou particularmente tristonha... Sei porquê... Porque sim...
E por isso vou seguir o conselho que me deram por sms.
Apesar de não me apetecer seguir... Bem sei o que me apetecia hoje... Mas não digo...
Segue o teu destino,
Rega as tuas plantas,
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De árvores alheias.
A realidade

Sempre é mais ou menos
Do que nós queremos.
Só nós somos sempre
Iguais a nós-próprios.
Suave é viver só.
Grande e nobre é sempre
Viver simplesmente.
Deixa a dor nas aras
Como ex-voto aos deuses.
Vê de longe a vida.
Nunca a interrogues.
Ela nada pode
Dizer-te. A resposta
Está além dos deuses.
Mas serenamente
Imita o Olimpo
No teu coração.
Os deuses são deuses
Porque não se pensam.
Ricardo Reis, este é o que gosto mais...
Eu não sofro de anti-americanismo. Mas o mundo é feito de muitas realidades e muitas há que estão bem próximas da descrita nesta carta aberta... A versão que aqui apresento é do jornalista e poeta moçambicano Mia Couto.
Carta ao presidente Bush
Mia Couto (*)La Insignia, abril de 2003.
Sou um escritor de uma nação pobre, um país que já esteve na vossa lista negra. Milhões de moçambicanos desconheciam que mal vos tínhamos feito.
Éramos pequenos e pobres: que ameaça poderíamos constituir ? A nossa arma de destruição massiva estava, afinal, virada contra nós: era a fome e a miséria.
Alguns de nós estranharam o critério que levava a que o nosso nome fosse manchado enquanto outras nações beneficiavam da vossa simpatia. Por exemplo, o nosso vizinho - a África do Sul do "apartheid" - violava de forma flagrante os direitos humanos. Durante décadas fomos vítimas da agressão desse regime. Mas o regime do "apartheid" mereceu da vossa parte uma atitude mais branda: o chamado "envolvimento positivo". O ANC esteve também na lista negra como uma "organização terrorista!". Estranho critério que levaria a que, anos mais tarde, os taliban e o próprio Bin Laden fossem chamadas de "freedom fighters" por estrategas norte-americanos.
Pois eu, pobre escritor de um pobre país, tive um sonho. Como Martin Luther King certa vez sonhou que a América era uma nação de todos os americanos. Pois sonhei que eu era não um homem mas um país. Sim, um país que não conseguia dormir. Porque vivia sobressaltado por terríveis factos. E esse temor fez com que proclamasse uma exigência. Uma exigência que tinha a ver consigo, Caro Presidente. E eu exigia que os Estados Unidos da América procedessem à eliminação do seu armamento de destruição massiva. Por razão desses terríveis perigos eu exigia mais: que inspectores das Nações Unidas fossem enviados para o vosso país. Que terríveis perigos me alertavam? Que receios o vosso país me inspiravam? Não eram produtos de sonho, infelizmente.
Eram factos que alimentavam a minha desconfiança. A lista é tão grande que escolherei apenas alguns:
- Os Estados Unidos foram a única nação do mundo que lançou bombas atómicas sobre outras nações;
- O seu país foi a única nação a ser condenada por "uso ilegítimo da força" pelo Tribunal Internacional de Justiça;
- Forças americanas treinaram e armaram fundamentalistas islâmicos mais extremistas (incluindo o terrorista Bin Laden) a pretexto de derrubarem os invasores russos no Afeganistão;
- O regime de Saddam Hussein foi apoiado pelos EUA enquanto praticava as piores atrocidades contra os iraquianos (incluindo o gaseamento dos curdos em 1998);
- Como tantos outros dirigentes legítimos, o africano Patrice Lumumba foi assassinado com ajuda da CIA. Depois de preso e torturado e baleado na cabeça o seu corpo foi dissolvido em ácido clorídico;
- Como tantos outros fantoches, Mobutu Seseseko foi por vossos agentes conduzido ao poder e concedeu facilidades especiais à espionagem americana:
o quartel-general da CIA no Zaire tornou-se o maior em África. A ditadura brutal deste zairense não mereceu nenhum reparo dos EUA até que ele deixou de ser conveniente, em 1992;
- A invasão de Timor Leste pelos militares indonésios mereceu o apoio dos EUA. Quando as atrocidades foram conhecidas, a resposta da Administração Clinton foi "o assunto é da responsabilidade do governo indonésio e não queremos retirar-lhe essa responsabilidade";
- O vosso país albergou criminosos como Emmanuel Constant um dos líderes mais sanguinários do Taiti cujas forças para-militares massacraram milhares de inocentes. Constant foi julgado à revelia e as novas autoridades solicitaram a sua extradição. O governo americano recusou o pedido.
- Em Agosto de 1998, a força aérea dos EUA bombardeou no Sudão uma fábrica de medicamentos, designada Al-Shifa. Um engano? Não, tratava-se de uma retaliação dos atentados bombistas de Nairobi e Dar-es-Saalam.
- Em Dezembro de 1987, os Estados Unidos foi o único país (junto com Israel) a votar contra uma moção de condenação ao terrorismo internacional. Mesmo assim, a moção foi aprovada pelo voto de cento e cinquenta e três países.
- Em 1953, a CIA ajudou a preparar o golpe de Estado contra o Irão na sequência do qual milhares de comunistas do Tudeh foram massacrados. A lista de golpes preparados pela CIA é bem longa.
- Desde a Segunda Guerra Mundial, os EUA bombardearam: a China (1945-46), a Coreia e a China (1950-53), a Guatemala (1954), a Indonésia (1958), Cuba (1959-1961), a Guatemala (1960), o Congo (1964), o Peru (1965), o Laos (1961-1973), o Vietname (1961-1973), o Camboja (1969-1970), a Guatemala (1967-1973), Granada (1983), Líbano (1983-1984), a Líbia (1986), Salvador (1980), a Nicarágua (1980), o Irão (1987), o Panamá (1989), o Iraque (1990-2001), o Kuwait (1991), a Somália (1993), a Bósnia (1994-95), o Sudão (1998), o Afeganistão (1998), a Jugoslávia (1999)
- Acções de terrorismo biológico e químico foram postas em prática pelos EUA: o agente laranja e os desfolhantes no Vietname, o vírus da peste contra Cuba que durante anos devastou a produção suína naquele país.
- O Wall Street Journal publicou um relatório que anunciava que 500,000 crianças vietnamitas nasceram deformadas em consequência da guerra química das forças norte-americanas.
Acordei do pesadelo do sono para o pesadelo da realidade. A guerra que o Senhor Presidente teimou em iniciar poderá libertar-nos de um ditador. Mas ficaremos todos mais pobres. Enfrentaremos maiores dificuldades nas nossas já precárias economias e teremos menos esperança num futuro governado pela razão e pela moral. Teremos menos fé na força reguladora das Nações Unidas e das convenções do direito internacional. Estaremos, enfim, mais sós e mais desamparados.
Senhor Presidente:
O Iraque não é Saddam. São 22 milhões de mães e filhos, e de homens que trabalham e sonham como fazem os comuns norte-americanos. Preocupamo-nos com os males do regime de Saddam Hussein que são reais. Mas esquece-se os horrores da primeira guerra do Golfo em que perderam a vida mais de 150 000 homens.
O que está destruindo massivamente os iraquianos não são as armas de Saddam. São as sanções que conduziram a uma situação humanitária tão grave que dois coordenadores para ajuda das Nações Unidas (Dennis Halliday e Hans Von Sponeck) pediram a demissão em protesto contra essas mesmas sanções.
Explicando a razão da sua renúncia, Halliday escreveu: "Estamos destruindo toda uma sociedade. É tão simples e terrível como isso. E isso é ilegal e imoral". Esse sistema de sanções já levou à morte meio milhão de crianças iraquianas.
Mas a guerra contra o Iraque não está para começar. Já começou há muito tempo. Nas zonas de restrição aérea a Norte e Sul do Iraque acontecem continuamente bombardeamentos desde há 12 anos. Acredita-se que 500 iraquianos foram mortos desde 1999. O bombardeamento incluiu o uso massivo de urânio empobrecido (300 toneladas, ou seja 30 vezes mais do que o usado no Kosovo)
Livrar-nos-emos de Saddam. Mas continuaremos prisioneiros da lógica da guerra e da arrogância. Não quero que os meus filhos (nem os seus) vivam dominados pelo fantasma do medo. E que pensem que, para viverem tranquilos, precisam de construir uma fortaleza. E que só estarão seguros quando se tiver que gastar fortunas em armas. Como o seu país que despende 270 000 000 000 000 dólares (duzentos e setenta biliões de dólares) por ano para manter o arsenal de guerra. O senhor bem sabe o que essa soma poderia ajudar a mudar o destino miserável de milhões de seres.
O bispo americano Monsenhor Robert Bowan escreveu- lhe no final do ano passado uma carta intitulada "Porque é que o mundo odeia os EUA ?" O bispo da Igreja Católica da Florida é um ex--combatente na guerra do Vietname. Ele sabe o que é a guerra e escreveu: "O senhor reclama que os EUA são alvo do terrorismo porque defendemos a democracia, a liberdade e os direitos humanos. Que absurdo, Sr. Presidente ! Somos alvos dos terroristas porque, na maior parte do mundo, o nosso governo defendeu a ditadura, a escravidão e a exploração humana.
Somos alvos dos terroristas porque somos odiados. E somos odiados porque o nosso governo fez coisas odiosas. Em quantos países agentes do nosso governo depuseram líderes popularmente eleitos substituindo-os por ditadores militares, fantoches desejosos de vender o seu próprio povo às corporações norte-americanas multinacionais ? E o bispo conclui: O povo do Canadá desfruta de democracia, de liberdade e de direitos humanos, assim como o povo da Noruega e da Suécia. Alguma vez o senhor ouviu falar de ataques a embaixadas canadianas, norueguesas ou suecas? Nós somos odiados não porque praticamos a democracia, a liberdade ou os direitos humanos.
Somos odiados porque o nosso governo nega essas coisas aos povos dos países do Terceiro Mundo, cujos recursos são cobiçados pelas nossas multinacionais."
Senhor Presidente:
Sua Excelência parece não necessitar que uma instituição internacional legitime o seu direito de intervenção militar. Ao menos que possamos nós encontrar moral e verdade na sua argumentação. Eu e mais milhões de cidadãos não ficamos convencidos quando o vimos justificar a guerra. Nós preferíamos vê- lo assinar a Convenção de Kyoto para conter o efeito de estufa.
Preferíamos tê-lo visto em Durban na Conferência Internacional contra o Racismo.
Não se preocupe, senhor Presidente. A nós, nações pequenas deste mundo, não nos passa pela cabeça exigir a vossa demissão por causa desse apoio que as vossas sucessivas administrações concederam apoio a não menos sucessivos ditadores. A maior ameaça que pesa sobre a América não são armamentos de outros. É o universo de mentira que se criou em redor dos vossos cidadãos. O perigo não é o regime de Saddam, nem nenhum outro regime. Mas o sentimento de superioridade que parece animar o seu governo. O seu inimigo principal não está fora. Está dentro dos EUA. Essa guerra só pode ser vencida pelos próprios americanos.
Eu gostaria de poder festejar o derrube de Saddam Hussein. E festejar com todos os americanos. Mas sem hipocrisia, sem argumentação e consumo de diminuídos mentais. Porque nós, caro Presidente Bush, nós, os povos dos países pequenos, temos uma arma de construção massiva: a capacidade de pensar.
(*) Mia Couto é escritor moçambicano.
segunda-feira, março 13, 2006
arte na rua...

É uma forma de expressão artística quase anónima, desprezada, proibida mas não é, de todo, invisível.
Tem várias correntes: stencil, grafitti, stikers, etc...
Tem uma linguagem própria, também...
Utiliza paredes e chão como tela...
Quando os Impressionistas surgiram eram considerados pintores menores e agora as peças desses artistas fazem furor nos leilões de arte. Creio que a Street Art vai ter o mesmo percurso até se tornar numa forma de expressão respeitada e muito admirada.
Em Portugal um artista está a fazer um levantamento exaustivo desta forma de expressão artística que invade o nosso olhar quotidiano - FIXAÇÃO PROIBIDA -.
A revista TIME já lhe fez as honras...
Aqui fica um exemplo ... e outro... e mais outro... e outro ainda... e mais este...
domingo, março 12, 2006
memória...

Amar o perdido
deixa confundido
este coração.
Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.
As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão
Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.
Carlos Drummond de Andrade
sábado, março 11, 2006
descobrindo verdadeiras vocações...

Hoje conheci melhor uma menina...
Esta menina é minha colega de curso; estamos a fazer um projecto em conjunto e esse facto serve de pretexto para nos conhecermos melhor.
E descobri que esta menina tem uma alma de criança e uma verdadeira vocação para fazer coisas simples e belas dos mais diversos materiais.
E acho que essa menina iria adorar trabalhar num ATL com crianças ensinado-as as imensas brincadeiras e coisas que ela sabe fazer com tudo o que tem à mão.
Aqui fica uma menina feita com restos de plástico,
pela mão de uma menina com um coração pimpão.
Trabalho de Carla Guerra
sexta-feira, março 10, 2006
uma viagem para a outra margem...

E ao contrário do que seria de esperar, não fui fazer uma viagem à volta do mundo, não comecei a tomar drogas, não mudei de penteado, não comprei livros de auto-ajuda, não parti para o deserto, não troquei de guarda-roupa, não cortei os pulsos... Nada disso.
Simplesmente aprendi a viver com calma quando tudo à volta parece caótico e sem sentido.
Desliguei-me, gradualmente, de valores com os quais já não me identificava.
E passei (o) muito tempo a olhar para dentro de mim, a observar-me, a compreender-me, a aceitar a minha verdadeira natureza, a experimentar a explorá-la.
Pelo meio conheci pessoas que ajudam-me a sorrir e a organizar-me... E descobri textos interessantes sobre a vida e todas as suas formas e dores...
É uma viagem para a outra margem, sem dúvida. Uma margem de auto-realização interior.
Num dos textos que descobri sugerem que:
> e se desenvolva uma gama de habilidades,
> se aprenda a auto-aceitar a nossa alma e o nosso modo de ser,
> se desenvolva afectos e se trabalhe para os manter e desenvolver;
> se liberte de pressões fúteis, preocupando-se com as realmente importantes;
> Se liberte do conformismo social, da inércia da consciência;
> se construam ideias em torno do propósito e significado da vida / existência.
A medida que vamos libertando o nosso potencial interior vamos descobrindo as nossas verdadeiras vocações.
E a medida que vamos fazendo isso, que é um esforço de desprendimento de nós mesmos, de valores balofos e caducos, de vontades insanas e fúteis, vamos aumentando a satisfação de viver e tendo mais disponibilidade para nos dar aos outros. Revelamos a satisfação de estarmos connosco.
Não é uma tarefa simples, nemvã, nem rápida e por vezes a nossa estrutura abana. É penoso e sofrível. Requer disciplina e grande vontade...
Mas para mim é o significado de um caminho melhor de encontro à minha verdade. A verdade de C_mim.
A imagem de hoje representa um homem a fazer topiaria – que é a arte de moldar arbustos e sebes. Aplicada a nós mesmo é a arte de moldar a nossa alma e existência.
ilustração de Jenny Kostecki
quinta-feira, março 09, 2006
a fruta da poesia....

A poesia pode ser:
Um desenho de aguarela,
Um brinquedo de favela,
Ou do menino que vive lá longe em Benguela.
Um papagaio de papel voando no céu
Da sua praia predilecta,
Aquela onde você constrói sonhos de areia,
Que o mar leva para longe,
Como mensagens numa garrafa.
Uma dança de cindarela,
Mas que só dança sem chinela.
Pé no chão
"E um chocalho amarrado na canela".
Boa poesia não tem enfeites,
Não precisa...
Por vezes poesia é
Um rabisco bem travesso
Que vira tudo do avesso.
Essa sim é da boa...
Deixa todo mundo meio à toa.
Poesia por vezes tem de ser,
Um prato de farinha amarela,
Ou arroz doce com sabor a canela,
O alimento dos que nada têm
E sonham com amor,
Afecto e carinho.
E por fim tem a poesia do pai e da mãe:
Que é um segredo,
Um estranho estado de alma,
Uma união de um facto,
É um entendimento que só eles entendem...
Não adianta querer explicar, nem perguntar como é...
Eles também não vão saber
E vão explicar da forma que você já sabe:
Com um beijinho.
E de tudo isto,
Da quadra manhosa cheia de prosa,
Do soneto preto cheio de carrapeto,
Ou de linhas sem regras e harmonia,
Fica só o amor pela poesia,
De um pai por uma filha,
De uma mãe chorando de alegria,
No dia do nascimento da sua cria,
De você,
uma bênção da natureza
Um sistema de vida e beleza.
Sofia Caracol é Sofia d'Oliveira
para as crianças.
Procura-se poemas de poetas lusófonos:
Cabo Verde, Moçambique, São Tomé e Príncipe,
Angola, Timor, Guiné Bissau, Brasil e Portugal.
quarta-feira, março 08, 2006
liberdade de expressão...
(Liberdade de expressão e informação)
1. Todos têm o direito de exprimir e divulgar livremente o seu pensamento pela palavra, pela imagem ou por qualquer outro meio, bem como o direito de informar, de se informar e de ser informados, sem impedimentos nem discriminações.
2. O exercício destes direitos não pode ser impedido ou limitado por qualquer tipo ou forma de censura.
3. As infracções cometidas no exercício destes direitos ficam submetidas aos princípios gerais de direito criminal ou do ilícito de mera ordenação social, sendo a sua apreciação respectivamente da competência dos tribunais judiciais ou de entidade administrativa independente, nos termos da lei.
4. A todas as pessoas, singulares ou colectivas, é assegurado, em condições de igualdade e eficácia, o direito de resposta e de rectificação, bem como o direito a indemnização pelos danos sofridos.
http://www.presidenciarepublica.pt/pt/republica/constituicao
Ao longo do meu crescimento, e continuando a escutar os mais velhos nos seus "antes" e "depois", elaborando os meus próprios juízos, penso muito na liberdade de expressão. Ou melhor, penso no que se faz com ela. Como é utilizada e chego às seguintes conclusões:
3) Só faz sentido haver liberdade de expressão quando esta une as pessoas na partilha de algo mais nobre que a degradação da humanidade.
A todos os outros que vem por bem e trazem amigos, podem deixar os seus comentários e que depois eu os coloco online. Eles ficam guardados não só electronicamente como no meu coração.
Obrigada pela compreensão.
Cristina Ferreira - C_mim
terça-feira, março 07, 2006
Grito Negro

E tu arrancas-me brutalmente do chão
e fazes-me tua mina, patrão.
Eu sou carvão!
E tu acendes-me, patrão,
para te servir eternamente como força motriz
mas eternamente não, patrão.
Eu sou carvão e tenho que arder sim;
queimar tudo com a força da minha combustão.
Eu sou carvão;
tenho que arder na exploração
arder até às cinzas da maldição
arder vivo como alcatrão, meu irmão,
até não ser mais a tua mina, patrão.
Eu sou carvão.
Tenho que arder
Queimar tudo com o fogo da minha combustão.
Sim!
Eu sou o teu carvão, patrão.
José Craveirinha - poeta moçambicano
domingo, março 05, 2006
Projecto C, nº 9
Está on-line a edição nº 9, do Projecto C – www-projecto-c.com -, correspondente ao mês de Março de 2006.
Continuo a seguir a mesma linha relativamente à poesia: poetas portugueses no site e poetas da CPLP – comunidade de países de língua oficial portuguesa – no blog.
A animação no blog tem sido grande e gostava que fosse maior, porque tenho conhecido muita gente e é divertido trocar experiências.
Em noite de Óscares dediquei o “ponto_de_encontro” exclusivamente ao cinema.
De resto, este ano parece-me que a selecção dos potenciais oscarizados muito equilibrada.
E fico satisfeita por, quase, todos os filmes abordarem temáticas sociais pertinentes.
Em vez de poemas publico no “C_poético” a “História de CheGuevara”.
Está escrita do jeito que escrevo ficção, com sabor a cacau e café.
sábado, março 04, 2006
Taras e manias...
Apanharam-me nesta teia e prontos, cá vai:
Regras:
Cada bloguista participante tem de enumerar cinco manias suas, hábitos muito pessoais que o diferenciem do comum dos mortais. E, além de dar ao público conhecimento dessas particularidades, tem de escolher cinco outros bloguistas para entrarem, igualmente, no jogo, não se esquecendo de deixar nos respectivos blogues aviso do "recrutamento".
1) Gosto de tomar banho e ouvir música;
2) Gosto de tomar o pequeno-almoço num café, a ler uma revista ou o jornal;
3) Gosto que me cortem o cabelo e não gosto que o sequem com secador;
4) Gosto que me leiam poemas ou histórias infantis quando estou triste ou doente;
5) Gosto de gostar...
Chega!!!...
As minhas vítimas são:
a) Melguinha - pode responder aqui
b) 125_azul
c) Ideália
d) Bicho Kumdum
e) Fixação Proibida
sexta-feira, março 03, 2006
quinta-feira, março 02, 2006
As sem-razões do amor...
Eu te amo porque te amo,
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.
Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.
Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.
Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.
Carlos Drummond de Andrade
quarta-feira, março 01, 2006
BLOG-in...
Foi difícil encontrar um expressão que desse nome a essa página do Projecto C.
Na realidade ela deveria chamar-se algo como: FÓRUM DA LIBERDADE E CIDADANIA porque, cada um dos "blogs" apresentado, é reflexo da liberdade e expressão do direito a uma cidadania responsável.
Espero que esta página aumente todos os meses. Que se torne num directório de um conjunto de pessoas que acreditam que todos somos cidadãos da Terra e, por isso, temos o direito de estar aqui a lutar por ideias nobres porque "por toda a parte a vida está cheia de heroísmo".
Por isso, quem vier por bem, traga um amigo também.
FÓRUM: s.m. reunião para discussão; discussão de um assunto; local para essas reuniões (Do latim forum «id»)LIBERDADE: s.f.condição do ser que pode agir livremente, isto é, consoante as leis da sua natureza (queda livre), da sua fantasia (tempo livre), da sua vontade (decisão livre); poder ou direito de agir sem coerção ou impedimento (~de execução ou de acção); poder de se determinar a si mesmo, em plena consciência e após reflexão, e independentemente das forças interiores de ordem racional (~de decisão); livre arbítro; poder de agir sem motivo (~de indiferença); personificação das ideias liberais; tolerância;[fig.]ousadia; licença; desassombro; franqueza; familiaridade demasiada; deliberação s.f.pl. regalias; imunidades; atrevimento; ~de consciência direito de professar as opiniões religiosas e políticas que se julgarem verdadeiras; ~individual garantia que todos os cidadãos têm de não serem impedidos do exercício dos seus direitos, excepto nos casos determinados pela lei; LITERATURA ~poética uso de figuras e alterações morfológicas e sintácticas permitindo em poesia (Do lar. Libertãte-, «id»)
CIDADANIA: s.f. qualidade de cidadão, vínculo jurídico-político que, traduzindo a pertinência de um indivíduo a um estado, o constitui, perante esse estado, num conjunto de direitos e obrigações (De cidade+-ão)
in Dicionário da Língua Portuguesa, Porto Editora, 8ª edição
a semente de amaryllis...

Ela veio da Holanda, guardada num saquinho de filtro vermelho, bordado com uma estrela branca.
Agora já está em flor!!
Também eu gosto de oferecer sementes de flores.
No final do Verão pedi à minha irmã que me enviasse bolbos de túlipas de várias cores e formatos.
Depois, fiz uns saquinhos em papel amarelo. Dentro de cada um meti um bolbo de cada tipo - 6 no total - e fui oferecendo.
Será que essas sementes também já estão em flor?
Mais do que flores, eu gosto de oferecer sementes...