C_mim

Eu sou mim, mim sou eu, um Deus me fez assim e de mim sei eu!!

segunda-feira, agosto 28, 2006

o meu cantinho escondido...

...Poderia ser esse o nome do meu blog...

Dentro de cada pessoa
Tem um cantinho escondido
Decorado de saudade
q
Um lugar pro coração pousar
Um endereço que freqüente sem morar
Ali na esquina do sonho com a razão
No centro do peito, no largo da ilusão
q
Coração não tem barreira, não
Desce a ladeira, perde o freio devagar
Eu quero ver cachoeira desabar
Montanha, roleta russa, felicidade
Posso me perder pela cidade
Fazer o circo pegar fogo de verdade
Mas tenho meu canto cativo pra voltar
q
Eu posso até mudar
Mas onde quer que eu vá
O meu cantinho há de ir
q
Dentro...

"Cantinho Escondido" de Carlinhos Brown, Marisa Monte, Arnaldo Antunes, Cézar Mendes
Marisa Monte no Coliseu do Porto dias 5 e 6 de Setembro e no Coliseu de Lisboa nos dias 8, 9 e 10 de Setembro

sexta-feira, agosto 25, 2006

como fazer um poema?...

Pedes-me um poema
que eu não sei escrever.
Por isso chega mais perto
E salva-me desse dilema.

Dá-me um tema?
Alguma coisa assim,
Com uma forma bem pequena
Que é para eu parar de resmungar
e armar um bom chinfrim.

Enfim...
Vou-te fazer um poema
Sem tema nem dilema...
Algo brilhante tu me destes
E isso já chegou até mim.


Sofia d'Oliveira

quarta-feira, agosto 23, 2006

something new...

Quando iniciei o blog decidi que só iria divulgar l e t r a s lusófonas para contrabalançar com a relevância que se dá aos anglo-saxónicos.

Mas hoje, e excepcionalmente, vou quebrar essa regra...

Gosto de ouvir Susanne Vega, Tracy Chapmam, Tanita Tikaram e Norah Jones. As 3 primeiras tiveram sucesso e depois acabaram por se diluir no mercado discográfico.

Este fim-de-semana fui ao Vaticano e visitei o Papa. Ou seja fui à FNAC e comprei uns disquinhos... Entre eles um de Tanita Tikaram chamado "Sentimental", que pensava tivesse sido gravado à bastante tempo... Mas não... Foi gravado em 2005 e é uma pérola negra... Das mais raras e belas que existem.

Não vou deixar nenhuma música a tocar, mas deixo a primeira letra do disco para vos aguçar o desejo... e os sentidos...

Maybe I'm wrong
To want so much
I feel those kisses falling
Oh, it's never enough
Maybe it's a fool
Who turns to dust
Never knowing how to hold onto
Fearing who they love
Fearing how they love

Just tell me thar it's something new
A place to lose myself and not feel used
That's just the old sound
That's just the sound of the rain
But It's not coming down again

Now you've been down
And hurt inside
To feel that no-ones wainting
And your heart's open wide
But the day isn't long
And there's so much to live
Don't tell me how your faith is near to broken
So much to give
So much to live

Just tell me that it's something true
A place to lose my head & not feel used
That's just the old sound
That's just the sound of the rain
But it's not comming down again
I feel my body moving, I feel the sun on my face I do
I feel my worldis changing, I feel the sun on my face I do
'Cause baby I'm no-ones fool, Baby I'm no ones fool

sábado, agosto 19, 2006

memória curta e memória longa...

Coincidências de memória estranhas somam este meu final de dia...

De manhã vi um homem a ser socorrido pelo INEM e reparei que em vez de uma ambulância ou carro, o técnico do INEM tinha chegado de mota. Pois ela lá estava amarela com faixas azuis perto do sinistrado.
Durante a tarde relembrei-me de uma velha história que queria contar mas que nunca tive tempo nem coragem para escrever... Pois escrevo muito mal e escrever é um exercício não só de técnica e de estilo mas também de paciência e ilusão.
E agora, que nem pensava postar, nas minhas visitas diárias aos meus blogs de eleição eis que tudo se soma e dá um post.
No início dos anos noventa escrevia muito... Depois deixei e só retomei o ano passado mas com muito menos verocidade e ansiedade...Mas nesse tempo tinha ideias para várias histórias - histórias grandes que iriam ocupar muitas páginas e demorar muito tempo a escrever e perante as minhas limitações fui desistindo...
Uma dessas história teria 2 personagens femininas e iria apanhá-las na adolescência... Paula e Rita... Creio que foram esses os nomes que lhes dei...Ambas nadas e criadas no Alentejo dos anos 50 ou 60. Paula seria rebelde, desinibida e destemida, filha de um latinfundiário da terra... Rita seria mais reservada, crédula e introvertida, filha dos caseiros das terras de Paula.
A história iria começar com a Paula a perder a virgindade enquanto Rita a aguardava perdida nos tigrais. Paula iria presuadir Rita a ir com ela estudar enfermagem e nesse processo iria novamente presuadir Rita a tirar um curso de paraquedismo e ambas iriam para a guerra colonial como enfermeiras paraquedistas. E é nesse espaço de conflito onde a nossa razão, emoção e afecto é esticada ao extremo que Paula quebraria e seria Rita o seu amparo, o seu anjo de guarda, a sua razão. A que a salvaria de morrer de dor física e emocional.
Como podem ver o guião até estava meio desenhado... E acho que a minha memória foi fiél ao que pretendia naquele tempo...
O que faz somar tudo isto, hoje, na minha cabeça foi a recordação que existiu mesmo um corpo de enfermeiras paraquedistas que foram para a guerra colonial. Aliás, foram as primeiras mulheres a integrarem o exército português em 1961.
E durante todos este anos tive sempre curiosidade em saber o que teria acontecido a essas mulheres e como elas recordam a sua vontade de serem paraquedista e a sua experiência de guerra. E "buscando" informação para fazer este post eis que consegui achar o relato de uma dessas mulheres e ainda de muitas outras experiências de guerra. Vejam aqui... e aqui

quinta-feira, agosto 17, 2006

passeio de pedaleira...

Ora bem...

Hoje ainda apetecia-me algo e por isso de manhã lá fui eu...

E as vistas são as seguintes (de oeste para este) ou do Teatro Camões até ao Rio Trancão...

2 horas nas calmas, com pausas e muitas fotos...

O pior vai ser amanhã... Acho que vou ter um andar novo por três dias... ai...ui...au...ai...ui...au...

quarta-feira, agosto 16, 2006

ambiente de trabalho...

Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O sol doira
Sem literatura.

O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa...

Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.

Quanto é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!

Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.

O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...

Liberdade - Fernando Pessoa

Pois vai ser por aqui que vou passar grande parte do meu tempo até fim de Setembro...

Refazer o Projecto-C, preparar manuais de informática, preparar novos cursos e arranjar clientes são algumas das tarefas que tenho planeadas... enfim... labor omnia vincit improbus!!

segunda-feira, agosto 14, 2006

postal de agosto para p.

domingo, agosto 13, 2006

está a apetecer-me algo...

...Tal como ir passear de bicicleta... Sim, eu sei... Está muito calor... Mas está mesmo apetecer-me ir dar o meu passeio de bicicleta favorito.

Começa no Oceanário e termina no Rio Trancão, sempre à beira rio.

Tudo isto no Parque Expo pela manhã, bem cedinho...

sexta-feira, agosto 11, 2006

segunda casa...

Perto do sítio onde eu cresci situa-se a Fundação Calouste de Gulbenkian. Desde que me lembro ser gente que lá vou com frequência... Tantas, que somadas todas as vezes, deve ser o 2º sítio onde passei mais tempo...

Numa altura em que a guerra do petróleo, outra vez, estimula guerras religiosas e divide as culturas ocidentais das orientais, provocando sofrimento e desespero, é um bocadinho saudável recordar que o dinheiro do petróleo pode ser utilizado para o desenvolvimento do ser humano e não o contrário.



Calouste Sarkis Gulbenkian (Üsküdar, 23 de março de 1869 — Lisboa, 20 de julho de 1955) foi um engenheiro e empresário arménio naturalizado britânico, activo no sector do petróleo e um dos pioneiros no desenvolvimento do sector petrolífero no Médio Oriente. Foi também um importante mecenas, com um grande contributo para o fomento da cultura em Portugal. A sua herança esteve na origem da constituição da Fundação Calouste Gulbenkian.

No interior da Fundação encontra-se o CAM - Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão - as fotografias aqui expostas são de uma instalação, totalmente feita com livros editados pela Gulbenkian. Neste local servem-se, também, no meu ponto de vista, as melhores refeições de Lisboa. E o ar condicionado é do melhor...

terça-feira, agosto 08, 2006

jogos para brincar...


Quando era pequena pintava pedras. Fazia meninas e meninos, bichinhos e plantas... Uma floresta encantada de pedrinhas pintadas... Hoje tentei passar essa herança...

Terminei a primeira fase de jogos que vou utilizar para animar as festas de aniversário...

São 4 jogos tradicionais: jogo das damas, derrubar pinos, acertar com argolas e o jogo da malha utilizando um pino.

Esta semana fervilhei em ideias para conseguir fazer estes brinquedos, gastei dinheiro, deu trabalho, nem sempre acertei no método ou nos materiais à primeira, mas deu muito gozo e senti uma espécie de felicidade tranquila enquanto trabalhava neste projecto.

Foram utilizados os seguintes materiais: madeira, contraplacado, papel, cabo de electricidade, fita isoladora, cola, parafusos, papel autocolante, tintas acrílicas, lixa, pasta de papel, bolas de ténis e pinceis.

domingo, agosto 06, 2006

dilemas de leitura...



Ao post de ontem, que se chamava "dilemas", acrescentei hoje uma fotografia...
E ficou mais... Sei lá... Tal e coiso... Coiso e tal...







"O que fizeste foi modificar abruptamente o teu nível de consciência, que, a propósito, até é bem mais evoluído que o que deixaste. Podes permanecer aqui e aprender neste nível, ou voltar..."


in "Fernão Capelo Gaivota"

sábado, agosto 05, 2006


DO NOT DISTURB

carne o osso

A alegria do pecado
Às vezes toma conta de mim
E é tão bom não ser divina
Me cobrir de humanidade me fascina
E me aproxima do céu

E eu gosto
De estar na terra
Cada vez mais
Minha boca se abre e espera
O direito ainda que profano
Do mundo ser sempre mais humano
a
Perfeição demais
Me agita os instintos
Quem se diz muito perfeito
Na certa encontrou um jeito insosso
Pra não ser de carne e osso
Pra não ser carne e osso
letra de Moska - Zélia Duncan

quinta-feira, agosto 03, 2006

pescadinha de rabo na boca...

Ora bem... De vez em quando recebemos umas encomendas destas... Neste caso veio da casinha da CK in UK

Empregos - amanhã é o dia do resto da tua vida
Comecei no cinema, depois fui ganhar uma coroas num escritório de advogados para pagar o curso, trabalhei como técnica de formação numa escola depois do curso, a seguir fui gestora de produto e projecto numa empresa do grupo sonae na área da internet. Aqueles romanos eram doidos... Depois fiz-me à vida sozinha e já trabalhei numa editora de livros e numa revista, novamente numa empresa de formação e noutra de informática, dei aulas de marketing, gestão e informática e agora organizo, coordeno e animo festas de aniversário para crianças algures em Benfica. Em Setembro logo se verá...

Filmes - Are you talking to me?
Gosto de filme ingleses como o "Crying Game" e "Billy Elliot", franceses como a triologia "trois colours" ou da "Dupla vida de Amélie" e americanos como "Cyrano de Begerac", "Silêncio dos inocentes", "Resgate do soldado Ryan"; "Schindler's List"; ,"Broken mountain"... E de animação com de "Ice Age", "chickenrun" e "Madagascar"...

Onde vivi - Ulisseia, Olissipo, Lisboa....

Livros - expresso do oriente
Esteiros, Meu pé de laranja lima, Capitães da Areia, Fernão Capelo Gaivota, O velho que lia romances de amor , Mafaldinha, Gaston Lagaffe, Marsupilami, Escorpião, romances históricos e sobre geoestratégia e geopolítica. alguns autores: Agatha Christie, Scott Peck, Jorge Amado e Luis Sepulveda, poesia...

Programas de TV - dias de chuva, café e torradas
Vejo pouco... "Donas de casa desesperada"; "CSI"; "Serviço de Urgências", programas sobre história, vida selvagem, cultura, geopolítica...

Música - dó, ré, mi....
MPB, clássica e smooth jazz... é o que tenho ouvido mais ultimamente

Comida - Eu como, tu comes, ele come...
Carnes brancas, peixes, legumes, massas e frutas. Pecado: doces... café...

Onde estive
Tão longe de sítio nenhum

Onde gostaria de estar
No sítio onde mim sou eu e eu sou mim

Não vou passar mas é bom para olhar para dentro e reflectir...

quarta-feira, agosto 02, 2006

Praia 3 - cantada de verão...

Dunas... são como divãs
Biombos indiscretos de alcatrão sujo
Rasgados por cactos e hortelãs.
Deitados nas dunas... alheios a tudo
Olhos penetrantes, pensamentos lavados.

Bebemos dos lábios, refrescos gelados
Selamos segredos, saltamos rochedos
Em câmara lenta, como na TV
Palavras a mais, na idade dos porquês.

Dunas... são como divãs
Quem nos visse deitados, cabelos molhados
Bastante enrolados, sacos-cama salgados
Nas dunas... roendo maçãs
A ver garrafas de óleo, boiando vazia
Nas ondas da manhã.

Bebemos dos lábios
Refrescos gelados – nas dunas!
Refrescos gelados
Saltamos rechedos – como na TV!

letra de "Dunas" dos GNR

terça-feira, agosto 01, 2006

Praia 2 - ah pois é...

Na primavera o amor anda no ar
Na primavera os bichos andam no ar
Na primavera o polén anda no ar
E eu não consigo parar de espirrar

No Verão os dias ficam maiores
No Verão as roupas ficam menores
No Verão o calor bate recordes
E os corpos libertam os seus suores

Eu gosto é do Verão
Passear de prancha na mão
Saltarmos e rirmos na praia
E nadar e apanhar um escaldão



E ao fim do dia
Bem abraçados
A ver o pôr do sol
Patrocionados por uma bebida qualquer

No Outono a escola ameaça abrir
No Outono passo a noite a tossir
No Outono há folhas sempre a cair
E a chuva faz os prédios ruir

No Inverno o Natal é baril
No Inverno ando engripado e febril
No Inverno é Verão no Brasil
E na Suíça suicidam-se aos mil

Letra da música "eu gosto é do Verão" dos Fúria do Açucar