C_mim

Eu sou mim, mim sou eu, um Deus me fez assim e de mim sei eu!!

sábado, agosto 19, 2006

memória curta e memória longa...

Coincidências de memória estranhas somam este meu final de dia...

De manhã vi um homem a ser socorrido pelo INEM e reparei que em vez de uma ambulância ou carro, o técnico do INEM tinha chegado de mota. Pois ela lá estava amarela com faixas azuis perto do sinistrado.
Durante a tarde relembrei-me de uma velha história que queria contar mas que nunca tive tempo nem coragem para escrever... Pois escrevo muito mal e escrever é um exercício não só de técnica e de estilo mas também de paciência e ilusão.
E agora, que nem pensava postar, nas minhas visitas diárias aos meus blogs de eleição eis que tudo se soma e dá um post.
No início dos anos noventa escrevia muito... Depois deixei e só retomei o ano passado mas com muito menos verocidade e ansiedade...Mas nesse tempo tinha ideias para várias histórias - histórias grandes que iriam ocupar muitas páginas e demorar muito tempo a escrever e perante as minhas limitações fui desistindo...
Uma dessas história teria 2 personagens femininas e iria apanhá-las na adolescência... Paula e Rita... Creio que foram esses os nomes que lhes dei...Ambas nadas e criadas no Alentejo dos anos 50 ou 60. Paula seria rebelde, desinibida e destemida, filha de um latinfundiário da terra... Rita seria mais reservada, crédula e introvertida, filha dos caseiros das terras de Paula.
A história iria começar com a Paula a perder a virgindade enquanto Rita a aguardava perdida nos tigrais. Paula iria presuadir Rita a ir com ela estudar enfermagem e nesse processo iria novamente presuadir Rita a tirar um curso de paraquedismo e ambas iriam para a guerra colonial como enfermeiras paraquedistas. E é nesse espaço de conflito onde a nossa razão, emoção e afecto é esticada ao extremo que Paula quebraria e seria Rita o seu amparo, o seu anjo de guarda, a sua razão. A que a salvaria de morrer de dor física e emocional.
Como podem ver o guião até estava meio desenhado... E acho que a minha memória foi fiél ao que pretendia naquele tempo...
O que faz somar tudo isto, hoje, na minha cabeça foi a recordação que existiu mesmo um corpo de enfermeiras paraquedistas que foram para a guerra colonial. Aliás, foram as primeiras mulheres a integrarem o exército português em 1961.
E durante todos este anos tive sempre curiosidade em saber o que teria acontecido a essas mulheres e como elas recordam a sua vontade de serem paraquedista e a sua experiência de guerra. E "buscando" informação para fazer este post eis que consegui achar o relato de uma dessas mulheres e ainda de muitas outras experiências de guerra. Vejam aqui... e aqui

10 comentários

At 8/19/2006 9:32 da tarde, Blogger melga meiguinha disse que disse...

Olá C_mim,

Desculpe ser sempre uma desmancha-prazeres, mas há qualquer coisa no seu romance que é ficção de mais.

Para início de conversa era muito difícil que a filha dum latifundiário, fosse rebelde, desinibida e destemida.

Mas, se fosse, já se tinha pirado de casa e andava a lutar contra o regime, na clandestinidade.
(Sei de quem o tivesse feito).

Que tal o dia de hoje?

Beijinhos.

 
At 8/19/2006 9:38 da tarde, Blogger C_mim disse que disse...

Oh melguinha... você não leu a história toda... Ou porque acha que ela quis ir estudar enfermagem para Lisboa?... Ah... Pois é...

A mais há muitas formas de luta!!

Passei grande parte do dia a trabalhar para as festinhas...

Beijoquinhas

 
At 8/19/2006 9:46 da tarde, Blogger melga meiguinha disse que disse...

Ler a história toda eu li mas provavelmente não entendi bem,
Tenho a mania de ler os posts a correr.

Já está a trabalhar para as festinhas?
Mas como, inventando novas brincadeiras?

Não se esqueça de passar pelo meu cantinho, s.f.f..

Beijinhos para si também.

 
At 8/20/2006 3:09 da manhã, Blogger Angela disse que disse...

Depois de longos dias e muita canseira, venho aqui encontrar a promessa de um escritora que se sabota? Ora só, fiquei frustrada por não conhecer toda o conto que não foi escrito! Isso é preguiça, confessa?
Você que escreve muito, aqui, no projeto C etc... porque não volta e escreve os contos que sonhou? Eu adoraria lê-los! bjk. angela.

 
At 8/20/2006 10:24 da manhã, Blogger Nina disse que disse...

Eu acho que essa conversa de não teres jeito e tal... é balela. Podes não ganhar um Pulitzer ou um Nobel da Literatura, mas acho a tua escrita muito agradável. Atreve-te! :)

 
At 8/20/2006 11:55 da manhã, Blogger melga meiguinha disse que disse...

Bom dia C_mim.

Desculpe-me mas, com as minhas pressas, esqueci-me de dizer o que era mesmo fundamental.

QUE A MENINA ESCREVE MESMO BEM.

Beijinhos e bom domingo.

 
At 8/20/2006 8:38 da tarde, Anonymous Anónimo disse que disse...

C-mim!

iup!!
fantastico!

Saudades de flores e estrelas...

Amo tudo que vc escreve.
abraços!

 
At 8/20/2006 9:37 da tarde, Blogger 125_azul disse que disse...

Pesquisou a valer! As enfermeiras paraquedistas eram rebeldes a sério e mulheres muito especiais!
E a sua história ficou um pouquinho a parecer Sarah Waters... Booooom! Vamos retomar em força este dom? Beijinho

 
At 8/21/2006 9:25 da tarde, Blogger Ck in UK disse que disse...

Sabes que nao fazia a minima ideia das paraquedistas? uma gaja ta sempre a aprender....

 
At 8/21/2006 11:24 da tarde, Blogger Mãe do Outro Mundo disse que disse...

Mais uma vez só posso agradecer estas pérolas. Também não fazia ideia que tinha havido enfermeiras para-quedistas.

Bem... Daqui a pouco o pessoal começa a achar que sou ignorante, mas mais vale um minuto de ignorância do que uma vida inteira burra.

Obrigada.

 

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