“O medo é um sentimento que é um estado de alerta demonstrado pelo receio de fazer alguma coisa, geralmente por se sentir ameaçado, tanto fisicamente como psicologicamente.

O medo pode provocar reacções físicas… Pode provocar atenção exagerada a tudo que ocorre ao redor…”

E pode distorcer a realidade tornando-a demasiado dura ou demasiado branda, consoante o ângulo de que se observa, das nossas experiências, memórias e somando tudo isto o modo como formulámos os nossos raciocínios e expectativas…

Eu hoje tenho medo!!! Medo do que virá! Medo do que não sei! Medo do que posso não conseguir alcançar! Medo do que posso perder! Medo, temendo se esperam demasiado de mim! Medo do que não sei ou não consigo controlar… E sinto-me tensa... ansiosa... receosa... Espero amanhã já não ter medo...

Eu sei que é normal ter medo, por vezes até saudável para avaliar os riscos...

verão não muito azul...

Tenho a consciência que com o início de Setembro estou numa fase de encerrar um ciclo, mais concretamente o da Primavera / Verão. E tenho vontade de começar outro…

E se este Verão custou a passar… poucos dias de descanso… Trabalho todos os dias avulso entre as 9h30 e as 19h00… Muita gente no trabalho a que dar atenção… Aborrecimentos… Lamentos… Frustrações... Ansiedade… Sem humor... Cansada... Desconforto… Desconforto… Desconforto… Desconforto... Senti-me desconfortável todo o Verão…

Nascida numa família onde não existe grandes tradições de abraços e beijinhos por vezes custa a perceber de onde vem o mau estar… Racionalmente sei identificar as causas, emocionalmente sou “dura de ouvido” e custa a dar o braço a torcer… Parte de mim para ser forte tem de ter sempre uma postura de “no se passa nada…” Mas passa… Passa que a experiência da vida passou a contar muito e a idade ensina que sozinho é sempre o caminho mais difícil… As vezes inevitável, mas o mais difícil…

Percebi finalmente que é porreiro ter quem nos dê free hugs só porque sim… Porque é confortável… Simpático… E ajuda a ultrapassar as fases menos boas…

E pronto… Hoje estou bem… Mas andei a pensar nestas coisas e foi mais um desabafo… E sinto-me um bocado como o burrito de olhar dengoso da imagem...

em estágio...

Aproximam-se tempos de mudança lá mais para Setembro…

Por enquanto vou passar os próximos 3 dias em “estágio” na praia, se o tempo permitir, ou passeando por aí como hoje… Sábado volto ao trabalho…

Dessa mudança implica voltar a andar de transportes públicos com regularidade, coisas que não faço para aí há 4 anos… O meu carrinho tem sofrido muito ultimamente…

Por isso hoje comecei a ensaiar andar de transportes públicos outra vez… Descobri que houve mudanças… Que agora existem vários tipos de passe, que as carreiras de autocarro têm uma numeração diferente, que andar no elevador da Bica continua a ser uma experiência engraçada, que para Belém são vão eléctricos daqueles novinhos compridos sem poesia nenhuma mas confortáveis, que já não é preciso picar bilhete, que a tarifa de bordo na Carris e de 1,30€ e que continua ser uma seca passar da linha amarela para a linha azul e vice-versa no metro. Agora tenho aqui os papeis para o passe para preencher…

Fazendo as contas. Apanhei 5 vezes o metro, 2 vezes o eléctrico, 1 autocarro e 1 elevador e mesmo assim fartei-me de andar a pé.

NOTA: Aproveitei, também, para ir ver a exposição do J. Berardo no CCB e apesar de reconhecer que tem várias peças de pintores e fotógrafos importantes, não posso deixar de afirmar que fiquei com algum amargo de boca pois em termos de qualidade ficou um pouco aquém das minhas expectativas.

ser ou não ser...

No comboio, a caminho do Algarve, olhava para a paisagem quase minimal onde pontualmente via algo construído pelo homem e fazia uma comparação:
"...Se instalações são sinónimo de uma linha estética e corrente artística também poderia afirmar que o homem deixa imensas “instalações” na paisagem…"

Chegada a Olhão disseram-me: c_mim está é a única cidade cubista da Europa!!... Devido à sua arquitectura original… Não às casas novas que agora se constroem que já não respeitam essas regras...

Estive por lá muito pouco tempo mas deu para apanhar a ideia e o conceito pelos locais que visitei… Para saber mais sobre Olhão cubista clicar aqui

Hoje, no regresso, relembrei-me que na Holanda também existem umas casas cubistas… Para saber mais sobre as "casas cubo" da Holanda clicar aqui

Para saber mais sobre um dos primeiros quadros cubistas, “Les Demoiselles d’Avignon”, que ilustra este post clicar aqui

Para saber mais sobre “Arte de Instalações” clicar aqui

mim gosta... mim quer...

Ingredientes:

2 ovos

10 colheres de farinha

10 colheres de açúcar

6 colheres de leite

5 colheres de óleo

1 pitada de salmaças q.b.

Juntam-se todos os ingredientes num recipiente e bate-se muito bem.
Deita-se numa tarteira untada com manteiga e polvilhada de farinha.
Corta-se as maçãs às fatias muito fininhas e vão-se colocando na tarteira.
Começa-se a colocar as maçãs junto ao bordo da tarteira e vão-se colocando sempre em círculo até a massa estar toda coberta (atenção as maçãs colocam-se de pé e não deitadas).

Descobri várias receitas de tarte maça... Optei por esta. Bolo de maça também é muito bom.

com licença...

Este mês de defeso já bati o meu recorde de ver filmes dos últimos 4 ou 5 anos… Já fui ao cinema 4 vezes… Pxiiii... Que fartote....

Começou por ter de esperar que um par de óculos ficasse arranjado e lá fui ver o Harry Porter – o último pareceu-me demasiado igual ao único que tinha visto, o primeiro - .

Depois a criança que há em mim libertou-se e fui ver os pinguins de “Dia de surf” e o magnifico “Ratatui”…

E ontem lá fui eu para a sala nº 12 do El Corte Inglês, onde no ecrãn Ben Kingsley interpretava uma personagem romana…

C_mim: Eeeerrr… Não era suposto isto ser um dramalhão sobre mães e filhas???
companhia: Era… Os bilhetes diziam sala 2…
C_mim: Errr… não me parece que isto seja publicidade???...
companhia: ups…
C_mim: Oki… Estamos na sala errada… Com licença... Fax favor... Desculpe...

E pronto na sala 2 estava prestes a começar o filme “Regras para ser feliz” ou no original “Georgia rules”… Confesso que o título em português me remetia para temas idênticos aos de um livro do osho… Mas arrisquei e ainda bem…

“Regras para ser felizes” é sobre o verso e reverso das relações entre mães e filhas … Excelente elenco e um bom argumento… Tal e qual o que eu gosto num filme…

sossego...

Muito gostaria eu de estar a ter um Verão tranquilo…

Estou cansada! E o sossego não abunda...

desencontros...

1995 foi um ano importante! Ofereceram-me um livro de Mário de Sá-Carneiro. Entendo a escolha do livro, li e interpretei todas os poemas que me pediram para ler com atenção.

Na primeira página está uma dedicatória que num momento diz “… Só que pelo meio, Deus cometeu o pecado de nos dar sentimentos. Engano fatal. Sentir estava reservado ao deuses, fossem eles quem fossem…” E eu já li e reli esta frase vezes sem conta e nunca consigo descobrir o verdadeiro enigma que está encerrado nela. Acho que já não vou conseguir descobrir...

Sinto o peso dos ciclos vazios, a que cada volta desenho um ângulo maior, uma rotação mais lenta, um traço mais delicado …. Sim, possivelmente o meu sentir é estranho, poderá ser uma questão de atracção matemática, física ou química… mas também e sempre de poesia.

Passei toda a noite, sem dormir, vendo, sem espaço, a figura dela
E vendo-a sempre de maneiras diferentes do que a encontro a ela.
Faço pensamentos com a recordação do que ela é quando me fala
E em cada pensamento ela varia de acordo com a sua semelhança.
Amar é pensar.
E eu quase que me esqueço de sentir só de pensar nela.
Não sei bem o que quero, mesmo dela, e eu não penso senão nela.
Tenho uma grande distracção animada.
Quando desejo encontrá-la
Quase que prefiro não a encontrar,
Para não ter que a deixar depois.
Não sei bem o que quero, nem quero saber o que quero.
Quero só Pensar nela.
Não peço nada a ninguém, nem a ela, senão pensar.

Alberto Caeiro

ps-eventualmente este post também poderia ter o título "se beber não escreva"...

nunca se é pequeno para amar...

O Pequenote Pequeno De Mais precisa muito de um beijo. Quem ele ama está mesmo lá no cimo. Será que o Pequenote vai conseguir lá chegar?
a


"Nunca se é pequeno para amar" é um livro infantil ideal para os petizes que estão a aprender a ler ou sendo ainda de colo gostam de ouvir estórias.
a

É uma estória muito simples que conta que mesmo as diferenças podem ser encurtadas quando há amor. E foi isso que me encantou neste conto... Para além das ilustrações...

arco-íris são pontes para a magia dos sentidos...

Somewhere over the rainbow

Way up high,

There's a land that

I heard of

Once in a lullaby.

Somewhere over the rainbow

Skies are blue,

And the dreams that you dare to dream

Really do come true.

Someday I'll wish upon a star

And wake up where the clouds are far

Behind me.

Where troubles melt like lemon drops

Away above the chimney tops

That's where you'll find me.

Somewhere over the rainbow

Bluebirds fly.

Birds fly over the rainbow.

Why then, oh why can't I?

If happy little bluebirds fly

Beyond the rainbow

Why, oh why can't I?

ps : prás meninas