C_mim

Eu sou mim, mim sou eu, um Deus me fez assim e de mim sei eu!!

quarta-feira, novembro 28, 2007

metáfora aos dias que passam…

Existem dias que não passam. Ficam estagnados como água nova da chuva numa poça.
Estagnam e ficam aí até evaporarem sem uso, sem darem fruto, sem servir de alimento, sem oxigenar, sem matar a sede.
O processo de evaporação demora o tempo que tem de demorar…
Pode ser muito rápido e nessas circunstâncias é um alivio.
Pode ser lento e é doloroso.
Para mim é sempre doloroso quando a água não flui, não corre, não semeia, não alimenta, não frutifica algo. Água para mim também é sinal de estrada, de caminho. A água abre caminhos, desgasta barreiras, transforma a terra.

Para mim água parada é sinal que não há magia, não há energia, não há vida positiva...
E fica uma velha dor minha conhecida... Que fazer... Só posso continuar...

Resta esperar pela próxima chuvada e aguentar a muinha que agora dói…

sábado, novembro 24, 2007


A posição de “guerreiro” é a 3ª a contar da esquerda… Mas para a fazer essa posição na perfeição é preciso saber coordenar o equilíbrio e alinhar bem os membros com o tronco.

Outro pormenor, sobre as diversas figuras, é que é a respiração que controla a força aplicada aos movimentos.

Estas têm sido lições simples que posso levar para outros campos da minha vida.

Os últimos dias têm sido cansativos e desgastantes…

Desmultiplicar-me em várias funções e tarefas, tentar usar bom senso nas relações interpessoais, compartilhar sonhos ou frustrações têm feito parte do meu dia a dia no campo profissional e pessoal. E isso tem causado um grande desgaste emocional e físico…

O que queria mesmo, mesmo era um fim de semana algures com amigos. Colher miminhos… Fazer festas e agrados...

quinta-feira, novembro 22, 2007

a aldeia dos lusitanos...

Houve um tempo que Portugal se chamava Lusitania e era governada por romanos...

Nesse tempo tivemos um sábio governador romano! Não sei o que ele fez em termos práticos mas num dos seus relatórios ao imperador dizia:

Aqui na Lusitania vive um povo que não gosta de ser governado, mas também não se sabe governar...

Sim!! De facto o governador romano era um génio em psicologia social para além de ser um excelente futurologista!
Porque qualquer coisa que se faça que envolva a palavra "organizar", entre 2 tugas, é o cabo dos trabalhos... Que raça de gente mais complicada?!... Apre!!!

sexta-feira, novembro 16, 2007

absurdo...

Havia tanto pra lhe contar
A natureza
Mudava a forma o estado e o lugar
Era absurdo
Havia tanto pra lhe mostrar
Era tão belo
Mas olhe agora o estrago em que está
Tapetes fartos de folhas e flores
O chão do mundo se varre aqui
Essa idéia do natural ser sujo
Do inorgânico não se faz
Destruição é reflexo do humano
Se a ambição desumana o Ser
Essa imagem de infértil deserto
Nunca pensei que chegasse aqui
Auto-destrutivos,
Falsas vitimas nocivas?
Havia tanto pra aproveitar
Sem poderio
Tantas histórias, tantos sabores Capins dourados
Havia tanto pra respirar
Era tão fino
Naqueles rios a gente banhava
Desmatam tudo e reclamam do tempo
Que ironia conflitante ser
Desequilíbrio que alimenta as pragas
Alterado grão, alterado pão
Sujamos rios, dependemos das águas
Tanto faz os meios violentos
Luxúria é ética do perverso vivo
Morto por dinheiro
Cores, tantas cores
Tais belezas
Foram-se
Versos e estrelas
Tantas fadas que eu não vi
Falsos bens, progresso?
Com a mãe, ingratidão
Deram o galinheiro
Pra raposa vigiar

música de vanessa da matta

segunda-feira, novembro 12, 2007

pérolas...

Quando era menina havia uma gasosa que lá dentro trazia uma pérola… A essa pérola chamava-mos “pirolito”. Para quem não sabe, ou não se lembra, pirolitos são berlindes em porcelana com riscas coloridas…

Há pouco tempo descobri um pirolito… Ou seja, descobri uma pérola… Mas vive numa conchinha muito fechadinha… Já consigo abrir um bocadinho a concha e espreitar lá para dentro… Por vezes tenho vontade de a abrir completamente e colher essa pérola nas minhas mãos… Outras receio entalar-me na conchinha e perder a pérola para sempre… Por isso vou tentando estimar a conchinha e espreito lá para dentro, todos os dias, para ver se o pirolito ainda lá está…

Quando leres estas palavras, pirolito, será o teu dia… O primeiro que partilho contigo… E fico grata por quereres que partilhe este dia contigo… Neste ano tão cheio de sentimentos e tão povoado de pessoas novas que me fazem sentir mais feliz e humana, fico feliz por também tu teres chegado à minha vida.

Beijo

sábado, novembro 10, 2007

bem me quer, mal me quer... muito... pouco... ou nada...

a vezes a nossa realidade, em todos os seus vectores, resume-se a isto...

quarta-feira, novembro 07, 2007

Pág. 161, 5º parágrafo...

Ora bem… Mais um desafio…

Pois fiquem vocemesses sabendo que estes desafios blogueiros dão-me uma trabalheira…

Ora estou eu aqui no meu cantinho, com uma estante cheeeeia de livros atrás, a pensar “esta vai ser fácil…”

1ª tentativa: Asfixia de Pedro Paixão – na dita página um título XANGAI (sim, C. eu sei que te tenho de devolver o livro que está comigo desde agosto...Sorry...eh...eh...eh...);
2ª tentativa: História de Lisboa de Dejanirah Couto – Não tem 5º parágrafo;
3ª tentativa: Os cem melhores poemas brasileiros do século (passado) – É uma página inteira com uma parte do poema “ A mesa” de Carlos Drummond de Andrade;
4ª tentativa: Para ser um génio do marketing de Jeffrey J Fox. – o livro NÃO TEM 161 páginas;
5ª tentativa: Anatomia do desejo, a ciência e a psicologia do sexo, do amor e do casamento de Simon Andrade – Não tem 5ª parágrafo no pág 161. Somente 4 longos parágrafos que não acabam mais;
6ª tentativa: O preço do sal de Patrícia Highsmith… Finalmente um livro com mais de 161 páginas e com vários parágrafos… 1…2…3…4….5…

“- Ainda me pode telefonar?”

Quê?!!!! Esta trabalheira toda para uma frasezinha minúscula e insignificante… Bem… Pensando melhor e como só consegui à 6ª tentativa… Me liga, vai?!… ;)

quinta-feira, novembro 01, 2007

bruxas, bruxinhas e bruxedos…

Eu gosto muito das minhas 3 bruxinhas assumidas…

Descobri que são bruxinhas porque, quando pela primeira vez visitei os seus espaços de trabalho ou casas, vi bruxinhas (bonecas) espalhadas pelas prateleiras, armários, escondidas em vasos de plantas ou penduradas no tecto.

Depois fiquei curiosa por saber porque eram bruxinhas… E fui silenciosamente investigando, com uma ou outra pergunta aqui e ali… Sim, porque com bruxas todo o cuidado é pouco…

Dei por mim a conhecer 3 pessoas foram do comum. Uma na casa dos 50, outra na casa do 40 e a outra chegou há pouco ao clube dos 30 e por isso ainda tem que aprender a ser uma bruxa mor.

O que faz estas 3 mulheres serem, para mim, especiais eu não sei explicar muito bem… Vou relatar o que tenho como experiência da convivência com elas… Gosto, aprecio e identifico-me com a maneira como encaram a vida… Como agem com as adversidades… Como lutam… Como acreditam sempre no lado mais benigno das pessoas sabendo que, também, todos nós temos um lado negro. Têm muita coragem emocional para acordar de manhã e conduzir o seu pequeno mundo preenchido de gente desencantada. Todas elas têm um sentido de humor fantástico, uma abertura de espírito fora do comum, cultura acima da média e uma orientação cívica muito forte. Todas elas sabem amar, todas elas sabem sofrer, todas elas sabem sorrir e gargalhar, acreditar e desiludirem-se com os factos que as rodeiam. Todas elas sofrem muito quando as pessoas as desiludem… Todas elas (incluo aqui a caçula também) são grandes matriarcas. Guias espiritualmente iluminadas da pequena comunidade que as rodeia…

Eu gosto muito das minhas bruxinhas… Da bruxa que insiste em acreditar nas pessoas e investe muito dela nisso, na bruxa que se diz má e passa os dias a cuidar da alma doente das pessoas e da bruxinha peralta a quem os bruxedos e encantamentos, por vezes, ainda não saem muito bem…

Porque hoje a cultura popular diz que é dia das bruxas aqui fica alguma informação sobre o assunto, um beijinho grande e um abraço apertadinho às minhas bruxinhas…